sábado, 28 de junho de 2008

Cxu Vi scias esperanton?

2008 foi declarado pela ONU como o ano internacional das línguas! Em virtude disso, pretendo postar, ao longo do ano, alguns textos sobre esse assunto tão fascinante.

E o primeiro post dessa série será dedicado ao esperanto.

Mi scias, kaj Vi?

O esperanto é uma língua internacional, idealizada pelo médico polonês Ludvik Lejzer Zamenhof, que publicou a primeira gramática do idioma em 1887. Ao que parece, a inspiração de Zamenhof veio da constatação de que o entendimento entre os povos passa, em grande parte, pelo domínio de um idioma neutro como veículo de comunicação entre os diferentes grupos humanos. O próprio Zamenhof sentiu essa necessidade em seu cotidiano, enquanto jovem judeu habitante da Polônia, majoritariamente católica e, à época, dominada pelo Império Russo.

Assim, ele cresceu num ambiente multicultural - e pouco harmonioso. Utilizava-se cotidianamente de três idiomas: russo, polonês e hebraico; além de adquirir conhecimentos posteriores em latim, grego, inglês, alemão e francês.

Essa conjugação de experiência de vida, necessidade prática e conhecimento acumulado permitiu a Zamenhof conceber artificialmente uma língua cujo léxico se dividia entre a herança do vocabulário latino (aproximadamente 60%) e germânico (40%), e de fonética eslava. O esperanto é dotado de um sistema de derivação de palavras que potencializa a riqueza lexical quase ao infinito, através de um bem construído sistema de prefixos, sufixos e termos correlativos.

Extremamente fácil (fundamentado em 16 regras gramaticais elementares), sendo possível de assimilar em questão de semanas, e com elementos comuns à maioria das línguas européias, o esperanto teve uma difusão rápida e muito mais bem-sucedida do que aquela experimentada por outros projetos de língua internacional, como o Volapuque e o Ido, a despeito de dificuldades tais como a perseguição dos esperantistas pelos regimes totalitários do século XX (a família Zamenhof pereceu em Auschwitz; Stálin considerava a língua um instrumento do capitalismo ocidental...) ou a falta de informação a respeito da língua, muito grande até hoje, apesar das facilidades da internet.

Eu divulgo o esperanto. Hoje nem tanto pela ideologia que o informa, que é sublime, mas um tanto utópica, a meu ver, e sim pela sua reconhecida propriedade propedêutica: é fora de questão que o esperanto pode auxiliar em muito no aprendizado de outras línguas. Em última análise, permite o acesso a uma forma bastante interessante e original de contracultura, por assim dizer. Em seguida, deixo alguns links que podem falar muito mais do que essa breve exposição que tentei fazer:

Esperanto na Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Esperanto

Wikipedia em esperanto (maior que muitas versões em línguas naturais por aí):
http://eo.wikipedia.org/wiki/%C4%88efpa%C4%9Do

Curso de esperanto para baixar: http://www.kurso.com.br/bazo/index.php?pt

No orkut: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=138781

Brazila Esperanto-Ligo (Liga Brasileira de Esperanto): http://esperanto.org.br/p/


Lernu esperanton!

3 comentários:

Anônimo disse...

Apesar de não praticar a língua, eu a acho muito interessante. Mais por sua história do que sua construção. Queria eu ter vivido em um ambiente bilingüe pelo menos (evitaria toda dificuldade no japonês, hehehe).

E o esperanto é fácil pra gente, hehehe.

Nefelibata disse...

Nossa, eu precisava ter mais contato... já esqueci quase tudo do esperanto, e estudei duas vezes!

xD

Mas das duas vezes me diverti pacas!

Leonardo Passinato disse...

eu cresci num ambiente bilíngue! \o/

acho que isso foi minha maior influência...