sexta-feira, 13 de abril de 2007

"É a vida..." ?!?




Pessoas são muito complicadas. Pensam no que os outros vão pensar a respeito de suas atitudes, ficam tentando demonstrar a todos que estão sempre certas, além de se pautar em termos de passado e futuro, o que é um absurdo se pararmos para pensar que nem um nem outro existem na realidade.

Assim, muitas vezes vão deixar de fazer o que querem e tentar impor sua visão ao outro. Tentam manter uma pose, mas é impossível desempenhar um papel por muito tempo. Invariavelmente acabam (se) decepcionando.

É isso aí. Como já nos ensinavam os Antigos, o Outro se voltará contra nós, caso não O aceitemos.

E depois disso tudo, ainda vai ter alguém para olhar e suspirar: “É a vida...”

A vida? A vida não é coisa alguma. Simplesmente aparenta ser alguma coisa pra você. A vida em si não existe, portanto creio que não devemos perder nosso tempo pensando nela. Só o fato de estar vivo já é algo grandioso demais para se perder tempo fazendo formulações a respeito.

No momento estou fisicamente cansado, então outro dia eu elaboro melhor meu pensamento. Só insisti em escrever agora porque finalmente tenho a impressão de conseguir superar essas preocupações. Estou me tornando alguém extremamente simples no modo de encarar a “vida” e as pessoas. E, conseqüentemente, parece que quanto mais simples me torno, melhor passo a enxergar o quão risíveis são as complicações das pessoas. As (complicações e pessoas) que me restam, inclusive.

Notas ao rodapé: Imagens: 1- Bela Lugosi’s Dead (Bauhaus) Ex http://www.youtube.com/watch?v=zq7xyjU-jsU ... não há um porquê especial para ter escolhido esta imagem para este post, apenas gosto dela...aliás, o que mais percebo ultimamente é que muita coisa não tem nenhum tipo de motivo. E buscar um motivo onde não há gera tremenda angústia.

2- Dionísio, deus grego a quem fiz referência no texto. Seu perfil é mais oriental do que propriamente grego, daí ele ser o Outro, isto é, o diferente. Vale lembrar que só se pode ter consciência de si mesmo a partir do momento em que se tem consciência da existência do Outro, exterior a si mesmo (é o tipo de raciocínio em que um é pelo outro). Além do mais, ele tem uma imagem desencanada, na exata medida do que quero expressar, haha. Ex http://www.helderdarocha.com.br/blog/2004/12/dionsio-o-deus-persa-da-guerra_03.html

3 comentários:

Paranóia Paulistana disse...

Ah... pessoas são complicadas e fazem questão de complicar a vida dos outros. Utilizam de muita ironia e "diplomacia", escondendo o que realmente pensam. Essa semana, tive provas homéricas disso.

Sinceramente... estou muito cansada também. Quero explodir a faculdade.

Ass.: Bianca xD

Anônimo disse...

Evoé!

Também estou cansado,mas mentalmente.
Tenho tido problemas de aceitação (difícil aceitar que posso ser "feliz") acabo me tornando o "Outro" e estragando td.
É a vida...
PQP!haha
Se pensasse menos e simplesmente obedecesse à medida dos meus sentimentos,td seria mais real,mais vivo.

Enfim,tá aí tbm o meu desabafo.

Abração!

Nefelibata disse...

Não me lembro quem disse uma vez: "Que é um adulto? Ora, é uma criança inflada pela idade!". Totalmente correto. Bem, difícil afirmar que qualquer coisa o seja totalmente, já que mesmo aí penso que o adulto às vezes perde virtudes infantis.

Uma vez me perguntaram "por que você está sorrindo na maior parte do tempo?" e eu respondi "por que não deveria?".

E como somos tontos, meu, hahaha! Nós criamos o mundo, e somos tão temerosos de nosso próprio poder que queremos porque queremos que crie-se para nós o mundo que nós desejamos, sem falhas...

Bem, acho que também estou cansado e, bem, é só uma "tempestade cerebral", mesmo!

Abração!